quinta-feira, 9 de junho de 2016

Silent Hill 4 e algumas reflexões sobre isolamento e solidão.

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Cá estou novamente para dar rumo ao blog, um rumo este completamente aleatório, mas, ignore esse fato.

Há mais ou menos 5 anos atrás, eu jogara pela primeira vez um jogo que me encantou bastante, chamado "Silent Hill 4". Se você não é muito ligado em vídeo games, provavelmente nunca ouviu falar, do contrário, esse nome lhe é familiar, isto se você já não o jogou. Trata-se do quarto jogo da franquia de games de ação e terror Silent Hill, franquia que pertence à Konami, que teve seu início em 1999, com o game "Silent Hill", para a plataforma PlayStation.

A história de game, mais do que terror psicológico, tem sua essência baseada no drama. Uma breve pincelada sobre a história: Harry Manson, o protagonista, é pai adotivo de uma garota chamada Cheryl. Eles saem de férias, com rumo à cidade de Silent Hill. A trama começa quando eles sofrem um acidente de carro na estrada, e quando Harry acorda, percebe que sua filha desapareceu. Ele sai pela procura de sua filha através daquela cidade densa e coberta de névoa. O grande porém é que Harry não sabe da história e de todos os segredos sombrios que a cidade tem, logo, ele começa a enfrentar uma série de acontecimentos que não seriam presenciados nem em seus piores pesadelos.




PORRA, eu fiz uma propaganda e tanto pro jogo, hein?

Enfim. O game fez tanto sucesso que a Konami achou de bom grado fazer novos jogos. Silent Hill 3 é uma clara continuação do primeiro game, enquanto que, Silent Hill 2, tem uma história diferente.

Dadas as informações principais, vamos ao tema central da publicação: o quarto game da série. Caso você tenha se interessado, procura mais no Google, vá, tu não é quadrado (brincadeira, eu super falaria mais, porém, não quero tornar esta publicação imensa).

Silent hill 4 - The Room, tem uma abordagem completamente nova e inovadora se comparada ao padrão da série. Ao começar o jogo, o que você consegue perceber é que está trancafiado em seu próprio apartamento. Sim! O protagonista, Henry, percebe-se trancafiado dentro de casa. As portas estão acorrentadas, o telefone mudo, e ninguém pode ouvi-lo gritar pelo lado de fora. Além de estar trancafiado, ele passa a ter inúmeros pesadelos durante a noite; pesadelos estes que ocorrem em seu próprio apartamento, porém, com acontecimentos "estranhos", pode se dizer assim.





À medida em que você joga, acontece a chave pra que o jogo se desenvolva: um buraco é aberto no banheiro. Esse buraco nada mais é que um portal, capaz de levar Henry a outras dimensões. Sem entrar em tantos detalhes referentes ao game, o que posso dizer é que você precisa entrar no portal e ir descobrindo os mistérios relacionados ao trancafiamento de Henry.
Uma coisa em especial que eu achei bem interessante é que, durante a primeira metade do jogo, o apartamento serve para restaurar sua vida. Você basicamente enfrenta criaturas nas outras dimensões, perdendo vida, porém, quando volta ao apartamento, a mesma é restaurada. Como disse, isso acontece durante a primeira metade do game. Na segunda metade, além do apartamento não restaurar mais a sua vida, coisas estranhas passam a acontecer por lá, tornando-se completamente possível um Game Over nele.

Agora, e as reflexões, o que têm a ver?

Silent Hill tem um certo diferencial: a solidão. Os protagonistas são praticamente solitários durante o game. Pela sua atmosfera sombria, o game não apresenta muitas outras personagens além da protagonista. A companhia que você tem durante o jogo é a das terríveis criaturas que aparecem. Silent Hill 4 também conta com esse aspecto, porém, ele tem mais um diferencial: a sensação de claustrofobia.

Se você é do tipo de pessoa que consegue se colocar no lugar da protagonista, de cara já vai notar o que quero dizer. Imagine-se acordando em sua casa/apartamento e percebendo que está trancado. Imagine que você não tem pra onde fugir, e o pior: você está repleto de acontecimentos estranhos dentro de seu próprio confinamento, além de terríveis e recorrentes pesadelos perturbadores.

É, bem vindo ao universo de Silent Hill 4.

Contanto com esses aspectos, a que conclusões podemos chegar? Eu, pelo menos, me peguei imaginando em diversos momentos o quão tenebrosa é a nossa necessidade de ter alguém presente. O quão nossos próprios pensamentos podem nos matar. Como o isolamento que existe em nossa cabeça pode ser ainda pior e mais sufocante do que qualquer outro. Nossos pensamentos e necessidade de estar com alguém são coisas que podem nos esmigalhar, em questão de pouco tempo.
Somos seres completamente dependentes, e quando não temos os estímulos externos confortáveis e reconfortantes o suficiente, piramos. Simplesmente vamos à loucura, ou à depressão profunda, e até mesmo ao suicídio...

Eu percebo que terminarei esta publicação nesta atmosfera melancólica... É, pra quem não curte muito, fodase desculpe-me!

Como disse, estas são reflexões. O uso da caixa de comentários é livre. Se você tem algo a acrescentar, refutar ou qualquer coisa do gênero, sinta-se à vontade.

Por hora vou ficando por aqui. Lembre-se de que segunda feira haverá a primeira publicação de: Maldito seja este filme!

Espero todos por aqui, e até mais.

tchau

bezo



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